Vicente da Mota Neto nasceu
em Moçoró (RN) no dia 6 de novembro de 1914, filho de Francisco Vicente Cunha
da Mota e de Maria Marcília Miranda Mota.
Cursou o Ginásio Diocesano Santa
Luzia, em sua cidade natal, e o Liceu de Fortaleza, bacharelando-se pela
Faculdade de Direito do Ceará em 1936. Retornando a Moçoró, foi promotor
público em 1936 e, posteriormente, secretário da prefeitura. Em 1945, foi prefeito
da cidade.
No pleito de 2 de
dezembro de 1945, elegeu-se deputado à Assembléia Nacional Constituinte pelo
estado do Rio Grande do Norte, na legenda do Partido Social Democrático (PSD).
Assumindo o mandato em fevereiro de 1946, participou dos trabalhos
constituintes e, com a promulgarão da nova Carta em 18 de setembro desse ano,
passou a exercer mandato ordinário, integrando a Comissão Permanente de
Indústria e Comércio da Câmara. Concorrendo à reeleição em outubro de 1950 na
legenda da Aliança Democrática — composta pelo PSD, o Partido Republicano (PR)
e o Partido Social Progressista (PSP) —, obteve apenas a primeira suplência.
Deixou a Câmara em janeiro de 1951 mas
voltou a ocupar uma cadeira em março seguinte na vaga deixada por João Café
Filho que, eleito deputado federal e, ao mesmo tempo, vice-presidente da
República, teve de abrir mão do seu mandato parlamentar. Entre setembro e
dezembro de 1952, licenciou-se da Câmara, sendo substituído por monsenhor
Valfredo Gurgel.
No pleito de outubro
de 1954, concorreu à Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte, sempre na
legenda do PSD, elegendo-se segundo suplente. Deixou a Câmara dos Deputados ao
final de seu mandato, em janeiro de 1955, e assumiu mais tarde uma cadeira na
Assembléia estadual, da qual foi segundo-vice-presidente em 1958. Segundo
deputado estadual mais votado — e primeiro do PSD — nas eleições de outubro de
1958, foi um dos signatários da Lei Constitucional nº 3, datada de 4 de
dezembro desse ano, que alterou dispositivos da Constituição do estado. Em
1961, foi primeiro-vice-presidente da Assembléia Legislativa, na qual
permaneceu até o término de seu mandato, em janeiro de 1963.
Após o movimento
político-militar de 31 de março de 1964, com a extinção dos partidos políticos
pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do
bipartidarismo, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de
oposição ao regime militar. Concorreu às eleições de novembro de 1970 como
suplente do candidato ao Senado Odilon Ribeiro Coutinho, lançado pelo MDB do
Rio Grande do Norte, mas sua chapa foi derrotada por Dinarte Mariz e Jessé
Pinto Freire, candidatos da Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido do
governo.
Casou-se com Alba Mota.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros.
Repertório (1946-1967); CÂM.
DEP. Relação dos dep.; CASCUDO,
L. História; CASCUDO, L. História da Assembléia; CISNEIROS, A. Parlamentares; Diário do Congresso Nacional;
Grande encic. Delta; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (1, 2, 3, 4 e 9).
FONTE – FGV
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